terça-feira



Valsa


  • Com algumas adaptações, o folclore camponês tão popular na Áustria e no sul da Alemanha, torna-se popular nos salões de dança e é imediatamente aceite pela alta sociedade vienense. A Valsa e o seu sucesso seguiram para França e depois para Espanha e Portugal. Os portugueses, por sua vez, levaram a Valsa quando embarcaram no Brasil em 1808. E assim correu mundo, sendo apresentada aos americanos, em Boston, no ano 1834, onde não foi tão bem recebida.

  • Ao contrário das danças existentes até então (onde o par dançava separado ou com os braços esticados e as mãos pousadas nos ombros um dos outros) a Valsa implicava um contacto físico muito próximo e, por incrível que pareça, foi desde logo baptizada de “dança proibida” e apontada como uma dança vulgar. Este sentimento era ainda partilhado pelo povo inglês, na Europa, onde a aceitação da Valsa foi igualmente lenta.

  • Por outro lado, a intimidade da Valsa era algo que agradava a muitas pessoas, principalmente aos jovens. Aliás, a sua popularidade e aceitação continuou a crescer ao longo de todo o século XIX devido aos seus passos básicos que eram fáceis de aprender, acabando por ser praticada em todo o mundo.

  • Apesar da popularidade inicial da Valsa ter sido confrontada com alguma resistência, a mais conhecida dança de salão de sempre sobreviveu a todas as críticas, mostrando o seu valor nas melhores pistas do mundo. Com o passar dos anos, serviu de base para a criação de outras danças, igualmente populares, e tem ainda diversas variações.

  • A palavra “valsa” deriva do alemão “Walzen”, que significa “girar” ou “deslizar”, tendo em conta que esta é uma dança que incorpora um padrão básico de movimentos (passo-passo-espera) e o resultado é um par de bailarinos elegantes, a deslizar energicamente pelo salão. São as ondulações graciosas, as mudanças rápidas na velocidade do corpo e as elevações nas pontas de ambos os pés. A Valsa é uma coreografia relativamente simples, baseada num esquema em diagonal, com um ritmo básico, repetitivo e de fácil memorização, que se traduzem em movimentos leves e suaves, executados na pista sempre no sentido contrário dos ponteiros do relógio.

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